Adquirir um aparelho novo tornou-se plano C para muitos consumidores. Com a crise econômica, e os bolsos sobrecarregados, eles têm apostado no conserto ao encontrarem problemas em seus aparelhos elétricos e equipamentos eletrônicos. A ordem é, primeiramente, contratar um seguro para o bem móvel ou, ainda, levá-lo para a assistência técnica por conta própria, para fugir de uma nova compra. O hábito, é claro, tem beneficiado profissionais dos dois setores, que não precisam esperar muito para lucrar.Os assistentes técnicos, por exemplo, podem exercer diversas atividades como microempreendedores individuais, segundo a lei do MEI. O formato permite a prestação de serviços em casa, nas residências dos clientes ou em pontos comerciais, com até um empregado e com a única obrigação de pagar uma taxa mensal de até R$ 52,85.
— Existe uma série de atividades contempladas na lei, tais como: assistência técnica de computadores, periféricos e projetores, manutenção de caixas eletrônicos, reparo de equipamentos de sonorização e iluminação, manutenção de eletrodomésticos, telefones e parte elétrica de automóveis, consertos em residências e estabelecimentos comerciais, além de reparos de encanamentos e reparação DVDs, máquinas de lavar, fogões e geladeiras, entre outros — diz a analista do Sebrae Juliana Lohmann.
O campo de atuação é grande e o número de potenciais contratantes também, segundo Pablo Linhares, diretor do Grupo PLL, que oferece assistência técnica e vende seguros.
— A quantidade de assistências técnicas autorizadas pelos fabricantes é pequena. Então, muitas regiões não têm gente oferecendo o serviço atualmente. Só é preciso fazer a divulgação, talvez com panfletos e em redes sociais. Também pode haver contratos com pequenas empresas para a oferta de serviços de reparo e manutenção de aparelhos, por exemplo. É um nicho grande, que abrange diferentes classes: A, B e C — explica Pablo.
Franquias e seguros
Para atuar no setor de assistência técnica, também é possível abrir uma franquia, com um investimento inicial a partir de R$ 24.900. O setor de serviços, inclusive, cresceu 7% no ano passado. Opções de franquias só de seguros exigem um aporte inicial a partir de R$ 11.990
— Há uma profissionalização do setor. As pessoas estão buscando empresas com nomes no mercado, idôneas — avalia André Friedheim, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Em Campo Grande, Diego Cezar, de 29 anos, está satisfeitos com os rumos de sua franquia, a Conserta Smart, que tem apenas dois meses.
— A clientela está aumentando. Do primeiro mês para o segundo, o faturamento cresceu mais de 50%. E a previsão é que aumentará ainda mais — conta ele.
A maioria das franquias de assistência técnica também comercializa seguros. E há, ainda, as que fazem apenas a venda dessas garantias para aparelhos fixos e móveis. Seja qual for o foco, antes de optar por uma rede, o potencial franqueado deve verificar se a empresa vai capacitá-lo.
— É saudável que a pessoa conheça o setor no qual quer empreender. Mas a franqueadora deve capacitá-lo. É bom perceber se a rede fará isso e se vai reciclá-lo.
FONTE: Pequenas Empresas, Grandes Negócios |