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Planos de negócios e escolha corretas para começar um e-commerce.

terça, 31 de julho de 2018

É um mito pensar que ter um negócio virtual é mais simples do que ter uma loja física. Além de todo trabalho de planejamento, o empreendedor tem que entender de tecnologia, senão ninguém navega no e-commerce.

O empresário Rodrigo Lacreta, por exemplo, tem uma farmácia que vende produtos para diabéticos. Quando resolveu montar a loja virtual, foi como visitar um país que falava uma língua que ele não entendia. Rodrigo foi à luta, contratou um consultor e estudou muito.

Rodrigo já sabia o que ia vender. Segundo o consultor Luiz Dias, definir o mercado que quer atuar é o primeiro passo para quem quer abrir um e-commerce. Depois, é preciso fazer um plano de negócio.

“Eu costumo dizer que, ao contrário do que a maioria pensa, a loja virtual não é um site que por acaso vende. É uma loja que por acaso é um site. Então, todo planejamento, toda estrutura que é realizada tem que ser pensado como negócio físico. Para chegar a ser virtual tem muito de trabalho físico e estrutural”, explica o consultor.

Depois, é preciso escolher onde a loja virtual será montada. É ai que entra a tecnologia. Na hora de abrir uma loja seja física ou virtual é preciso planejar a estrutura que ela vai ter. No caso da loja física, é preciso questionar se um espaço pequeno é suficiente ou se será preciso um prédio todo para comportar o público e tipo de produto. No caso do site, este prédio é a estrutura, a plataforma por trás do site.

A plataforma é um sistema que vai permitir abrir a loja na tela do computador. O empresário paga um preço mensal ou anual - o valor depende do faturamento. Para iniciantes, há opção de plataformas gratuitas.

Além da plataforma, é preciso escolher outros parceiros de tecnologia. Um deles é o ERP - sistema integrado de gestão empresarial - um software que integra vários processos, como vendas, finanças, contabilidade, estoque, compras, produção e logística. A taxa por uso também é cobrada por mês ou por ano. Com isso, o e-commerce está pronto para abrir as portas.

Em uma rua de comércio sempre vai ter alguém passando na frente da loja que vai se interessar pela vitrine e entrar. Na virtual, é preciso pegar o cliente na mão para fazer ele entrar no site. Aí é preciso investir. É nessa fase que se começa a entender expressões como volume de tráfego: o número de pessoas que entra no e-commerce.

“Não tem como não trabalhar com as redes sociais, parcerias com blogueiro. Vou em feiras específicas, tem trabalho offline, tenho representante da loja que divulga o site. Tem o blog que alimenta o site, com informações e conteúdo”, conta Rodrigo.

Mas nem todo mundo que entra, compra. Aí o empresário vai entender o que é conversão de visitas, o número de pessoas que concretiza a compra. “Conversão oscila entre 0,8% a 1,5%. A cada 100 visitantes, tenho de 0,8% a 1,5% de pedidos”, explica o consultor.

Segredo para vender mais

Para estimular o consumidor a comprar, é preciso ter preço competitivo, frete justo e um site com bom layout. O consulor Luiz Dias dá uma dica: “O prazo de entrega é um fator decisivo para conversão. Uma loja que tenha um prazo de entrega de quatro dias, contra uma que tenha de dois dias, a de dois dias vai converter muito mais”.

Por último, tem que escolher como vai ser o pagamento: como o cliente vai pagar e como a empresa vai receber. A taxa é cobrada em cima do valor da venda.

Com o tempo, o empresário vai aprendendo e aperfeiçoando muito o negócio e logo começa a conectar a meta com o plano de ação. “Tem que ter grana pra investir, mas não é só o dinheiro. Tem que ter tempo e vontade pra trabalhar”, diz Rodrigo.

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