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Para Delfim, economia do país deve crescer entre 2% e 2,5% neste ano

terça, 19 de junho de 2012

Escrito por ACEU
Ter, 19 de Junho de 2012 09:38

Com crescimento de 0,2% no primeiro trimestre e expectativa de expansão de 0,5% no segundo, a economia brasileira deve avançar entre 2% e 2,5% neste ano, afirmou nesta segunda-feira o economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, em evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil. Ele ressaltou que, mesmo com crescimento de 1,6% no terceiro trimestre e de 1,2% nos últimos três meses do ano, taxas bem mais fortes que as atuais, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teria alta, em média, de 2% em 2012.

A expectativa do ex-ministro se deteriorou com relação à de um mês atrás. Na ocasião, durante outro evento na capital paulista, Delfim afirmou que o ano de 2012 tinha 'uma cara feia' e que a economia brasileira cresceria entre 2,5% e 3%. Da mesma forma, analistas do mercado financeiro veem reduzindo suas expectativas para o PIB neste ano. O boletim semanal Focus, do Banco Central, mostrou que as projeções caíram para 2,30% na última semana, de 2,53%.

Para Delfim Netto, apesar do número modesto, uma economia em ritmo mais forte na última metade do ano favoreceria o ambiente para investimentos. 'Vamos estar, no fim do ano, rodando a um crescimento de 4%, que é para onde vamos seguir no futuro. Vai haver investimento para isso', avaliou.

O economista acredita que o mercado interno ainda pode contribuir para o crescimento da economia, mas é preciso alavancar os investimentos. 'Não acredito que terminou o espaço para endividamento, mas o investimento é forma de melhorar o consumo no presente e aumentar oferta no futuro', afirmou o ex-ministro.

Para acelerar os investimentos, Delfim voltou a defender o adiamento do recolhimento de impostos, já que hoje as empresas precisam pagar os tributos antes de faturar as vendas. Com disponibilidade de recursos em caixa, o setor privado estaria mais propenso a ampliar a capacidade de produção, disse Delfim. O ex-ministro avalia que seria suficiente, por exemplo, atrasar em uma semana o recolhimento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao longo de seis meses.

A moeda de troca com os governadores para levar em frente essa medida, segundo Delfim, poderia ser a linha de crédito concedida aos Estados, anunciada na última sexta-feira. 'Tenho dúvidas em relação a esse pacote, principalmente quando o BNDES está no meio, mas há bons projetos que podem ser executados.'

Fonte: G1

 

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