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Contêineres geram novos negócios

segunda, 30 de julho de 2018

Sair da caixa é uma expressão usada para mostrar que um negócio precisa se reinventar, inovar, sair da forma tradicional. Mas tem muito empresário fazendo o contrário: montando negócios dentro de uma caixa e inovando, de uma forma bem criativa.

O contêiner tem uma vida útil de 10 a 20 anos, dependendo da carga que transporta. Depois disso, pode ser totalmente adequado para outros usos, como por exemplo, na construção civil. Uma solução sustentável e de baixo custo, que vem fazendo a cabeça de muitos empresários.

Em uma avenida em São Paulo, que ostenta prédios modernos, surge um complexo montado como um jogo de armar, um grande shopping de contêineres. Renato Paiva é um dos sócios e administradores do espaço, que funciona no sistema pop up, ou seja, com serviço temporário. “A construção é mais rápida, sustentável, o custo benefício é muito melhor. Então, realmente, a solução do contêiner hoje em termos de construção civil se torna muito viável por todos esses detalhes”, explica o empresário.

Gabriel Gaiarsa é dono de três hamburguerias montadas do jeito tradicional, com tijolo e cimento. Agora, vai abrir uma unidade no shopping de contêiner: “Eu diria que aqui eu gasto 1/10 do valor de abrir uma loja de rua, exatamente por eu não ter que fazer toda a obra civil. Não tenho que me preocupar com instalação elétrica, hidráulica, tudo o mais, isso já tá tudo pronto”.

O shopping foi montado em um terreno alugado de 750 metros quadrados. São 36 contêineres, oito já foram ocupados por restaurantes. A ideia é ir abrindo aos poucos, o chamado soft opening, uma forma de testar a operação e dar espaço para serviços que a clientela procura.

O dono do contêiner paga IPTU como qualquer comércio. Existem cidades em que esse tipo de construção recebe descontos no imposto, por ela ser sustentável. Renato calcula que o investimento total, incluindo estrutura, marketing e lançamento, bateu a casa dos R$ 5 milhões. A expectativa é que o local, quando totalmente ocupado, movimente R$ 7 milhões por mês.

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