Instituto auxilia empresas a investir em projetos sociais
quarta, 21 de outubro de 2015
Escrito por ACEU |
Qua, 21 de Outubro de 2015 08:36 |
![]() Ajuda Paraná faz a ponte entre potenciais doadores e organizações da sociedade civil que buscam recursos para suas iniciativas. De um lado, muitas empresas querem investir em projetos sociais, mas não têm experiência nem sabem se podem confiar nas instituições da área. De outro, a grande maioria das organizações sociais vive na corda bamba, dependendo de um único mantenedor ou de convênios com o governo. O objetivo do Instituto Ajuda Paraná, fundado no início deste ano, é aproximar essas duas pontas, auxiliando as empresas a doar para iniciativas confiáveis e atraindo recursos para as organizações que trabalham bem. “Além de não existir uma cultura de doação no Brasil, muitos empresários não confiam em organizações sociais. Existe a impressão de que elas são pouco transparentes e não conseguem entregar resultados. O nosso trabalho é fazer uma ponte, auxiliar nesse diálogo”, diz a advogada Patricia Mussi, diretora do Ajuda Paraná. No momento, o Ajuda Paraná está cadastrando organizações da sociedade civil que, no futuro, poderão ser apresentadas a potenciais doadores. Cerca de 50 instituições de Curitiba e região metropolitana estão em fase de cadastramento. O primeiro passo do cadastro é o preenchimento de um formulário no site do instituto com 70 questões sobre a história e o funcionamento da organização social que busca doações. Na sequência, o Ajuda Paraná levanta a documentação da instituição e verifica se ela tem pendências em bancos de dados de crédito, como o Serasa, ou no Tribunal de Contas. O passo seguinte é uma visita para conhecer in loco o trabalho desenvolvido. Gestão do investimentoPara as empresas, o Ajuda Paraná oferece toda a gestão do investimento social, desde a criação do plano, com a definição da causa que será beneficiada e da organização que vai receber a doação, até a medição dos resultados. Quem vai garantir que os recursos sejam aplicados corretamente é o próprio instituto, que periodicamente vai preparar relatórios de prestação de contas financeiros e técnicos. “A mera prestação de contas financeira, como a que é exigida pelo setor público em seus convênios, não garante que o dinheiro doado está sendo aplicado em projetos eficientes, que efetivamente deem retorno do ponto de vista social”, explica Patricia. “Traduzir em números o impacto social é um desafio, e a própria organização aprende muito nesse processo de se adequar à linguagem empresarial.” Patricia atua há dez anos com investimento social privado. Ela estudou modelos de captação de recursos e relacionamento com doadores nos Estados Unidos e na Espanha. De 2009 a 2013, foi superintendente do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, braço de investimentos sociais do banco suíço no Brasil. A fonte de receitas do Ajuda Paraná é uma taxa de intermediação, paga pelo doador, equivalente a 15% do valor doado. “A despesa é menor do que o gasto que a empresa teria se fizesse todo o trabalho por conta própria”, diz Patricia. O Ajuda Paraná foi qualificado pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Com isso, empresas tributadas pelo regime de lucro real que contratarem o instituto poderão abater, como despesa, doações equivalentes a até 2% de seu lucro operacional. FONTE: GAZETA DO POVO |
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