Famílias comprometem 42% da renda em média com dívidas, diz pesquisa
segunda, 20 de agosto de 2012
Escrito por ACEU |
Seg, 20 de Agosto de 2012 12:38 |
Foram entrevistadas famílias nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro com renda média de R$ 2.401. A pesquisa mostra que, em média, as famílias têm 3 dívidas ativas. Mas cerca de 23% das famílias têm 5 dívidas ou mais, segundo o estudo. As maiores incidências são as compras parceladas no cartão, crediários em cartão de loja, parcelamento de compras no cartão e parcelamento de fatura. O estudo mostra que o endividamento é maior entre as famílias da classe C, que têm 46,36% da renda comprometida, na média. Entre as famílias de classe A e B entrevistadas, o nível médio foi de 35,10%. Já na classe D, as dívidas comprometem na média 26% da renda das famílias. "Constatou-se que quando a família assume uma dívida paga em média 189% mais por ano que o valor real do bem financiado", diz a pesquisa. Segundo a Proteste, entre as famílias da classe C, o uso do cartão de crédito e o não pagamento integral da fatura é um dos responsáveis pelo endividamento. O gasto médio se concentra até R$ 500 reais e 38,1% dos entrevistados afirmaram não pagar a fatura a vista. Cerca de 30% dos respondentes declararam que não liquidaram nenhuma divida ainda. Segundo a Proteste, a pesquisa aponta que a aquisição de um empréstimo para quitar outro é o motivo pelo qual alguns dos entrevistados não conseguem liquidar a dívida. "Pouco mais que 1/5 do total de entrevistados disse ter contraído nova dívida, e metade o fez na tentativa de quitar a anterior. Outros, 9,3% recorreram a novo empréstimo por dificuldade de manter despesas básicas, em muitos casos devido ao excesso de dividas assumidas", diz o estudo. A Proteste destaca ainda que a "alta taxa de juros tem relação direta com a quantidade de financiamentos assumidos pelas famílias, visto que foi declarado como principal motivo para contratar um novo empréstimo o fato de não terem conseguido pagar dívidas ou empréstimos anteriores, caindo assim em um labirinto de dívidas que se tornam impagáveis". Fonte: G1 |
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