Economia brasileira ainda disputa medalha de bronze
terça, 14 de agosto de 2012
Escrito por ACEU |
Ter, 14 de Agosto de 2012 15:13 |
Nas últimas duas semanas, os dados divulgados sobre “a quantas anda” a nossa economia “decepcionaram” alguns economistas. “Existe uma crença de crescimento para o final do ano e início de 2013. É razoável supor que vá acontecer, mas pode demorar mais tempo. Os dados ainda não corroboram essa crença, alguma surpresa negativa ainda está acontecendo”, diz o economista de um banco de investimentos. As expectativas dos agentes, coletadas pelo relatório Focus do Banco Central, refletem essa decepção e um consequente ajuste nas projeções dos principais indicadores econômicos. Segundo o Focus, o crescimento do PIB esperado para este ano já está em 1,81% e a inflação oficial volta a se distanciar do centro da meta de 4,5%, com projeção de 5,11% ao final de 2012. “De forma geral, consideramos que as pressões para a inflação neste segundo semestre são maiores, de forma especial na cadeia de alimentos, cujos preços internacionais de grãos seguem pressionados. Somado a isso, acreditamos na continuidade da recuperação dos preços dos automóveis, em linha com a retomada da atividade do setor. Para agosto, projetamos resultado novamente pressionado para o IPCA, com variações próximas às observadas em julho”, diz o relatório preparado pelos economistas do Bradesco. O discurso do governo veio mudando de tom aos poucos, também se ajustando à nova realidade. A convicção deslocada de que o PIB seria bem maior e a inflação bem menor em 2012 passou a ser uma expectativa de que tudo estará melhor ao “longo de 12 meses”. A visão de longo prazo é mais realista. O BC vem dizendo que espera um ritmo de 4% “anualizado” do PIB nos últimos três meses do ano. O ministro Guido Mantega, da Fazenda, desistiu de brigar com o mundo e agora repete o que diz o BC. Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, disse em evento na Petrobrás nesta segunda-feira (13), que a inflação “vai convergir para a meta ao longo de 12 meses”. A novidade mais aguardada agora é o lançamento de um novo pacote voltado para o investimento em infraestrutura, prometido para esta semana. O esforço do governo em atrair investimentos pode aliviar a pressão sobre o consumo das famílias, hoje grande responsável pelo desempenho da economia nos últimos anos. O novo pacote pode mesmo significar uma modernização dos modelos de investimento e de parcerias entre o público e o privado no Brasil. Enquanto o “energizante” não chega, o país segue “trotando”, ou em “marcha atlética”, para terminar a prova de 2012. Com o desempenho visto até agora, ouro e prata já não são mais opção. Mas um bronze já seria motivo de alegria nacional. Fonte: G1-Thais Herédia |
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