Desemprego no país sobe a 12,9% e atinge 12,7 milhões de pessoas, diz IBGE
terça, 30 de junho de 2020
A taxa de desemprego no país foi de 12,9% no trimestre entre março e maio deste ano, atingindo 12,7 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados na manhã de hoje e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com o trimestre anterior (dezembro de 2019 a fevereiro de 2020), houve alta de 1,3 ponto percentual (11,6%). Também houve avanço em relação ao mesmo trimestre do ano passado (12,3%). Outro dado que chama a atenção é que o percentual da população ocupada em idade de trabalhar, que ficou em 49,5% (85,9 milhões de pessoas), sendo a primeira vez que ficou abaixo dos 50% desde o começo do levantamento, em 2012.
A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
O levantamento divulgado hoje mostra parte dos efeitos da crise econômica causada pelo novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o IBGE, são 368 mil pessoas a mais sem emprego no trimestre encerrado em maio, em relação ao período anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre de 2019, os dados apontam que 7,8 milhões de pessoas ficaram desocupadas, uma queda de 8,3%.
“É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”.
Adriana Beringuy, analista da Pnad Contínua, do IBG
A taxa de informalidade foi de 37,6%, a menor da série, iniciada em 2016. Nesse grupo estão os sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família). No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,6%, e no mesmo trimestre de 2019, 41%.
"Numericamente nós temos uma queda da informalidade, mas isso não necessariamente é um bom sinal. Significa que essas pessoas estão perdendo ocupação e não estão se inserindo em outro emprego. Estão ficando fora da força de trabalho", diz a pesquisadora.
Ela afirma ainda que, com a redução no número de trabalhadores informais, grupo que geralmente ganha remunerações menores, o rendimento médio teve alta de 3,6%, chegando a R$ 2.460, o maior desde o início da série.
FONTE: Do UOL, em São Paulo 30/06/2020 09h23 Atualizada em 30/06/2020 10h 44. SAIBA MAIS EM: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2020/06/30/desemprego-pnad-ibge.htmGaleria de Fotos